Olivia Quast, de 30 anos, foi brutalmente atacada no nariz e no braço esquerdo pelo cão resgatado do seu namorado, com quem estava havia quatro anos.
A artista plástica, moradora de Middletown (Connecticut, EUA), abaixou-se para alimentar Bentley, mestiço de pointer, pitbull e bulldog, quando de repente o animal se lançou contra o rosto dela. Olivia usava um protetor bucal com luz ultravioleta para clareamento dos dentes.
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"Não tínhamos um relacionamento ruim. Na noite anterior ele se aconchegou na minha cama e eu o enrolei com os meus cobertores. A única coisa que fazia sentido era que essa luz ultravioleta desencadeou algo no seu cérebro. Ele avançou e acertou meu nariz primeiro, fiquei em choque e incrédula", contou a americana, segundo o "Register Citizen".
Olivia, que tem uma rara doença do tecido conjuntivo, a Síndrome de Ehlers-Danlos (EDS), que a deixa mais suscetível de sofrer lesões, disse que o cão, que sofrera abusos quando era filhote, a atacou novamente, deixando seu braço esquerdo "mutilado".
"Eu apenas olhei para ele. Nunca me ocorreu que ele continuaria me atacando, porque por que ele iria? Coloquei a mão no nariz e ele foi contra o meu braço duas vezes. Pensei: 'Não vou jogar cabo de guerra com uma criatura, cujo jogo favorito é cabo de guerra, com o meu braço'. Então eu apenas deixei ele me morder. Eu estava entrando em choque", acrescentou a artista.
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Olivia aproveitou um momento de pausa na fúria do cão para correr para o banheiro, trancar-se lá dentro e ligar para a família pedindo ajuda.
"Foi pura agonia", relembrou ela, que sempre se definiu como "uma mulher de gatos" que tinha se apaixonado por Bentley – o primeiro na sua vida.
O ataque ocorreu em 3 de fevereiro. Seu septo e sua cartilagem foram arrancados pelo cão, mas a ponte e a parte externa de suas narinas permaneceram intactas.
Ela já fez cirurgia e agora tem duas placas, oito parafusos e dois pinos no braço esquerdo. Olivia também tem várias fraturas e danos significativos nos ligamentos e nervos da mão esquerda, que podem levar até um ano para cicatrizar. No nariz, as feridas ainda precisam cicatrizar totalmente para uma avaliação médica do que é possível fazer.
Sua família está arrecadando dinheiro no site de financiamento coletivo GoFundMe para ajudar a pagar por suas operações faciais, que podem não ser cobertas pelo seguro, pois podem ser consideradas estéticas.
Após quarentena, o cão foi sacrificado. Olivia e o namorado optaram por uma eutanásia "humanizada" em Bentley, depois de oferecer ele um sanduíche de bacon, ovo e queijo e deixá-lo brincar com bichinhos de pelúcia enquanto ouvia música clássica, informou o jornal "The Middletown Press".
"Ela sentiu muito remorso e culpa pelo cachorro ter que ser sacrificado", afirmou David Quast, o pai de Olivia.