Durante a sessão, o presidente Arthur Lira foi questionado por um parlamentar se haveria uma data prevista para a votação, mas ele não indicou
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tirou o Projeto de Lei 2630 - Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet (PL das Fake News) da pauta desta terça-feira (2) e adiou a votação da proposta. A sessão que iria analisar o texto começou às 18h e até o momento não há uma nova data para apreciação do projeto.
O pedido de adiamento da votação foi feito pelo relator do projeto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), com a justificativa de que seria necessário mais tempo para chegar a um texto final que "unifique o plenário" da Câmara.
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Silva justificou, ainda, que recebeu diversos pedidos de infusão ao parecer apresentado na última semana, e seria necessário analisar todas essas considerações apresentadas.
"Faço um apelo para retirar da pauta de hoje para consolidar a incorporação de todas as sugestões que foram feitas e produzir o melhor texto possível", declarou o relator.
A base de apoio do governo concordou com a extensão do prazo para análise do projeto. Os partidos de oposição insistiram para que o texto fosse votado nesta terça (2), como havia sido acordado anteriormente.
Desde a apresentação do parecer do relator, na última quinta (27), a proposta recebeu mais de 90 emendas. Por volta das 19h30 desta terça (2), 417 deputados estavam presentes no plenário da Câmara.
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Horas antes, ao longo da tarde, Lira havia dito que não colocaria o PL para apreciação dos deputados caso o número de votos para aprovação não fosse alcançado.
"Não tenho uma reunião [contabilização] de votos, quero conversar com os deputados para ter uma realidade das bancadas. É um projeto polêmico. Se tiver votos suficientes, vota. Se não tiver, meu intuito é que não vote."
Alguns pontos tornaram a aprovação incerta, como a pressão contrária das big techs e o entrave com a bancada evangélica, que denomina o texto como "problemático".
O parecer preliminar do PL 2.630/2020 foi protocolado na última quinta-feira (27) na Câmara pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). O projeto é de autoria do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE).