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Após morte da filha, pai faz alerta para evitar afogamentos: "Esqueça o celular. Por causa de um instante, podemos sentir uma dor pelo resto da vida"

O agente de viagens Alex Delgado estava morando nos Estados Unidos quando teve que lidar com a perda da filha, que se afogou na piscina de casa. Seis anos após a morte da criança, o pai está empenhado em aprovar uma lei que estabeleça medidas para prevenir o afogamento infantil

Por Regional ES

10/05/2023 às 13:20:00 - Atualizado há
Alex com a filha - Foto: Arquivo Pessoal

Quando saiu de casa na manhã do dia 14 de abril de 2017, o guia de viagens Alex Delgado, de 49 anos, não imaginava que, nas horas seguintes, a vida dele se transformaria em um verdadeiro pesadelo. Ao chegar à sua residência, em Orlando, nos Estados Unidos, o brasileiro notou a presença de vários polícias e bombeiros em frente ao local, indicando que um incidente grave havia acontecido. "Eu entrei e vi que estavam tentando ressuscitar minha filha, não sabia de nada, fiquei maluco", contou o profissional em entrevista exclusiva à CRESCER. A pequena Susan, de 2 anos, tinha se afogado na piscina da família e, mesmo depois de ser levada ao hospital, acabou não sobrevivendo.

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Natural de São Paulo (SP), Alex se mudou com a família para os Estados Unidos em 2011, por conta do trabalho. Na época, ele só tinha um filho, hoje com 12 anos, mas três anos depois, a caçula chegou para aumentar a família. Ele disse que a garotinha era muito amorosa com as pessoas, sendo a alegria da vizinhança. A morte da criança deixou a cidade muito abalada, mas acabou levantando uma questão importante sobre os perigos de deixar os pequenos sozinhos em locais com água.

Para evitar que outros pais passem pelo mesmo sofrimento que ele, o agente de viagens criou o projeto Susan Forever, que visa combater o afogamento infantil. Atualmente, ele está empenhado em aprovar uma lei que estabeleça regras para prevenir os afogamentos das crianças e conscientizar sobre uma das principais causas de mortes acidentais do mundo. "Não tire os olhos das crianças, esqueça o celular. Por causa de um instante, podemos sentir uma dor pelo resto da vida", alertou o pai. Segundo ele, o intuito é tornar o dia 14 de abril — data em que Susan se afogou — em um Dia Nacional contra o Afogamento Infantil.

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"O afogamento é silencioso"

"Nós podemos brincar na água, mas não podemos brincar com a água". Esse é o alerta que o agente de viagens faz a todas as famílias que têm crianças em casa, especialmente em residências com piscinas. Na casa de Alex, a piscina ficava em uma área gourmet e era protegida por uma porta trancada e uma cerca para evitar que as crianças tivessem acesso ao ambiente.

No dia em que Susan se afogou, a família recebeu a visita de duas amigas. Em determinado momento, a mãe precisou deixar a menina sob os cuidados das visitas. No entanto, uma das mulheres estava muito distraída, mexendo no celular e foi para área externa da residência, deixando a porta e a cerca que davam acesso à piscina abertas. Quando a jovem retornou para a área interna, acabou fechando a porta, sem perceber que a menina tinha ficado do lado de fora.

Susan tinha 2 anos quando se afogou na piscina da família — Foto: Arquivo Pessoal

Susan tinha 2 anos quando se afogou na piscina da família — Foto: Arquivo Pessoal

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