Dois finais felizes que a gente comemora! Um homem de 49 anos passou os últimos 29 anos preso injustamente por um crime que não cometeu. Ele foi solto na última segunda-feira, 15, após provar a inocência e ter, finalmente, os apelos ouvidos pela Justiça.
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Patrick Brown é de Nova Orleans, mas mora em Lousiana, nos Estados Unidos. Em 1994, ele foi preso por supostamente ter abusado da enteada de 6 anos. A criança nunca testemunhou contra o padrasto, mas ele acabou condenado com base em informações de outros adultos.
A sobrevivente, que agora é uma mulher adulta, passou os últimos 20 anos insistindo para o júri que eles haviam detido o homem errado e depois de 29 anos, Patrick foi solto. "Escrevi mais de 100 cartas e enviei para o escritório do promotor. Também aparece sem avisar, mas me mandaram embora", disse a jovem.
A vítima explicou que, por diversas vezes, após esse tempo todo, tentou falar que Patrick não era o abusador. Ela tentou acesso ao tribunal, pedindo revisão do processo e a liberdade do padrasto, mas contou que sempre era ignorada. Segundo ela, todas as cartas que enviou, todas as vezes que apareceu sem avisar no escritório do promotor, não conseguiu atenção.
Para a mulher, saber que o verdadeiro culpado estava solto enquanto Patrick, que ela considera como um pai, estava preso, foi muito doloroso. "Ter sua voz silenciada é a pior sensação do mundo", lamentou ela. No dia em que Patrick foi solto, a vítima compareceu ao tribunal e chorou ao falar sobre as repetidas tentativas de tentar libertar o padrasto.
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Revisão do processo
Na época, como a menina não teve condições de depor, o padrasto foi condenado a partir de relatos e evidências médicas duvidosas. Em 2015, a situação começou a mudar, quando a vítima assinou uma declaração dizendo que o padrasto era inocente e culpando outro membro da família. Os holofotes se voltaram para o caso e o destino de Patrick começava a mudar.
Em 2022 o caso começou a ser revisado pela Divisão de Direitos Civis de Orleans. Patrick e a advogada dele entraram com um pedido de inocência factual. No dia 15, Emily Maw, chefe da Divisão de Direitos Civis, disse que: "Nos últimos 21 anos por meio dos desafios contra os quais o estado se defendeu, todas as vezes que os tribunais negam, eles o fizeram apesar do fato de que a vítima neste caso está dizendo a eles que o homem errado está na prisão".
Liberdade 29 anos depois
Patrick não conteve a emoção ao ouvir do juiz que ele era inocente. Podendo, enfim, trocar o macacão de presidiário que usou nos últimos 29 anos por roupas comuns, ele comemorou muito e fez questão de sair do tribunal exibindo orgulhoso a ordem assinada pelo juiz. "Isso não é ganhar na loteria, isso é um ato de Jesus Cristo", comemorou.
O homem e a família dele celebraram bastante o fim do pesadelo que eles viveram por 29 anos. Que bom que a justiça foi feita, não é?
Patrick comemorou a liberdade após mais de 2 décadas preso injustamente. – Foto: Chris Granger/AP
Ele exibiu orgulhoso o documento de soltura. – Foto: Oliver Laughland/The Guardian
Com informações de The Guardian.