A nova marca e nome de uma das maiores cooperativas do Estado

A Cooperativa Agropecuária Centro Serrana, considerada em 2022 a maior em receita dos setores de agricultura e pecuária do Espírito Santo, de acordo com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), agora se chama Nater Coop e ganha nova identidade visual. A estratégia reflete o seu reposicionamento no mercado devido à diversificação do portfólio de negócios ao longo dos seus quase 60 anos de existência.

Nascida em Santa Maria de Jetibá em 1964, baseada na avicultura, a Cooperativa ampliou suas áreas de atuação e hoje atua na cadeia do café, hortifrútis, laticínios, rações, defensivos e implementos agrícolas, supermercado e postos de gasolina, indo da agricultura e pecuária até o comércio físico e on-line e à indústria.

Sob o propósito de atuação "Unir famílias que alimentam famílias", a Nater Coop continua sendo uma cooperativa e conta com o mesmo estatuto e princípios de funcionamento. De acordo com o diretor-geral Marcelino Bellardt, a Organização segue valorizando as mais de 20 mil famílias cooperadas, os cerca de 30 mil produtores rurais envolvidos e os 1.100 colaboradores diretos, sendo todos encorajados a ir além.

"Exportamos nossos produtos para mais de 20 países em todos os continentes, e nosso varejo agropecuário está presente em mais de 30 municípios do Espírito Santo e de Minas Gerais. Um produtor não faria isso sozinho. Em cooperativa, a gente consegue fortalecer os laços entre cooperados, produtores e clientes, compartilhando conhecimento, boas práticas de produção, soluções para facilitar a vida, gerar condições diferenciadas de comercialização e agregar valor à produção", enfatiza o diretor-geral.

Essa visão de crescimento com proximidade é expressa no novo nome, que mistura os termos mater / mãe e natureza / terra, além da expressão coop referente ao cooperativismo. Assim como era com a Coopeavi, Nater Coop continua sendo a marca guarda-chuva, usada também como nome fantasia do supermercado e dos postos de gasolina, contando sob ela as marcas de produtos específicos da cooperativa como Ração Coope, Café Pronova, Liva (ovos) e Veneza (laticínios).

História de união, futuro de inovação

Conforme lembra o presidente da Nater Coop, Denilson Potratz, a iniciativa começou com 20 associados que atuavam com a atividade agrícola. Até que um deles foi estudar no Rio de Janeiro e, no retorno, trouxe 500 aves do tipo pintainhas para criar. Alguns amigos gostaram da novidade e se uniram para trabalhar.

"Com o tempo, surgiram dificuldades, como o transporte por estrada de chão, a necessidade de importar a ração de outros Estados, as muitas chuvas, o escoamento da produção de aves, a população pequena do município para consumo, entre outras. Para resolução delas em conjunto, pensou-se na criação da cooperativa. Foi feito, então, o estatuto e a reunião de posse", conta Denilson.

Surgia assim a Coopeavi, que não parou mais de crescer e se diversificar, sempre em busca de soluções para os cooperados, como a montagem de uma fábrica de ração. A cooperativa ganhou também cada vez mais credibilidade, extrapolando o âmbito de Santa Maria de Jetibá.

Segundo o diretor-geral Marcelino Bellardt, para o futuro a aposta da Nater Coop envolve especialmente inovação e sustentabilidade. "Já ousamos com a forma de gestão democrática e enfoque social, e em modelos de negócio. Aqui a representatividade não é por tamanho do negócio, é individual. Também oferecemos um Cartão Família no qual cada cooperado recebe a sua parcela dos resultados do exercício da cooperativa para uso em família. Outra iniciativa é o conceito de condomínio para produção de ovos e leite com o objetivo de ganhar escala por meio de investidores.

Outro projeto recente envolve o processo de inovação aberta. "Mapeamos 14 desafios que não conseguimos resolver internamente na Nater Coop. Contratamos uma empresa do ecossistema de inovação para a gestão e agora as startups estão vindo para trazer soluções de aumento de produtividade e eficiência por meio da tecnologia.", conta o diretor-geral.

Por fim, Marcelino explica que a cooperativa aprimora a governança, visto que a gestão de um negócio com aproximadamente 20 mil donos é um desafio. "Para isso, regionalizamos o relacionamento, escolhendo um líder a cada 200 cooperados. Temos então mais de 70 delegados, que validam a estratégia e, uma vez por ano, participam da assembleia de prestação de contas", finaliza o diretor-geral.