Movimento teve início no dia 17 de setembro e foi feito em protesto contra o impasse na negociação sobre a indenização referente ao rompimento da barragem de Mariana
Quase um mês depois, um grupo de integrantes das comunidades indígenas de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, desbloqueou um trecho do ramal ferroviário da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) que faz a ligação até os portos da cidade.
Os indígenas estavam no local desde o dia 17 de setembro e fizeram a desobstrução na tarde da última sexta-feira (13). O trecho bloqueado passa dentro da Aldeia Córrego do Ouro, em Barra do Riacho.
O movimento foi feito em protesto contra o impasse na negociação entre as comunidades indígenas e as empresas Samarco, Vale e BHP, a respeito da indenização referente ao rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), ocorrida em novembro de 2015.
A assembleia foi resultado de uma audiência realizada dois dias antes, presidida pelo juiz da 4ª Vara Federal de Belo Horizonte, Vinícius Cobucci. Na ocasião, o conselho se comprometeu a debater novamente a questão internamente.
Durante a assembleia, as comunidades Tupinikim e Guarani decidiram flexibilizar o movimento e prometeram desobstruir a linha férrea no dia 13, o que foi cumprido.
Por meio de nota, o Conselho Territorial de Caciques informou que agora aguarda a realização de uma audiência, prevista para a próxima terça-feira (17), em que a Vale, BHP e a Samarco terão de apresentar suas propostas para a resolução do impasse.
A empresa afirmou ainda que os acordos firmados com as lideranças e as associações indígenas têm sido executados como parte do processo de reparação.
Já a Vale, concessionária da Estrada de Ferro Vitória a Minas, informou que mantém o diálogo permanente com os povos originários, em atuação conjunta com a Samarco e BHP, e confia nos esforços para manter a normalidade das suas operações.
De acordo com a companhia, os acordos firmados têm sido integralmente executados e cumpridos pela Fundação Renova.