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Indígenas liberam ferrovia em Aracruz após quase um mês de bloqueio

Movimento teve início no dia 17 de setembro e foi feito em protesto contra o impasse na negociação sobre a indenização referente ao rompimento da barragem de Mariana

Por Regional ES

16/10/2023 às 07:07:46 - Atualizado há
Foto: Reprodução/ WhatsApp

Quase um mês depois, um grupo de integrantes das comunidades indígenas de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, desbloqueou um trecho do ramal ferroviário da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) que faz a ligação até os portos da cidade.

Os indígenas estavam no local desde o dia 17 de setembro e fizeram a desobstrução na tarde da última sexta-feira (13). O trecho bloqueado passa dentro da Aldeia Córrego do Ouro, em Barra do Riacho.

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O movimento foi feito em protesto contra o impasse na negociação entre as comunidades indígenas e as empresas Samarco, Vale e BHP, a respeito da indenização referente ao rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), ocorrida em novembro de 2015.

A assembleia foi resultado de uma audiência realizada dois dias antes, presidida pelo juiz da 4ª Vara Federal de Belo Horizonte, Vinícius Cobucci. Na ocasião, o conselho se comprometeu a debater novamente a questão internamente.

Durante a assembleia, as comunidades Tupinikim e Guarani decidiram flexibilizar o movimento e prometeram desobstruir a linha férrea no dia 13, o que foi cumprido.

Por meio de nota, o Conselho Territorial de Caciques informou que agora aguarda a realização de uma audiência, prevista para a próxima terça-feira (17), em que a Vale, BHP e a Samarco terão de apresentar suas propostas para a resolução do impasse.

Foto: Reprodução/ WhatsApp

O que dizem as empresas

A empresa afirmou ainda que os acordos firmados com as lideranças e as associações indígenas têm sido executados como parte do processo de reparação.

Já a Vale, concessionária da Estrada de Ferro Vitória a Minas, informou que mantém o diálogo permanente com os povos originários, em atuação conjunta com a Samarco e BHP, e confia nos esforços para manter a normalidade das suas operações.

De acordo com a companhia, os acordos firmados têm sido integralmente executados e cumpridos pela Fundação Renova.


Fonte: Folha Vitória
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