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'Jogo do Aviãozinho': Justiça bloqueia R$ 101 milhões de site de apostas que promove game ilegal, divulgado por influenciadores

O Fantástico mostra, com exclusividade, a investigação realizada em São Paulo sobre o jogo. A polícia tem indícios de que apostadores não recebiam os prêmios e investiga influenciadores que estão fazendo divulgação desse e de outros games ilegais.

Por Regional ES em 18/12/2023 às 07:04:42

Foto: Reprodução

Há duas semanas, o Fantástico mostrou que influenciadores chegaram a ser presos por promoverem o "Jogo do Tigrinho", um game ilegal que fez vítimas perderem dinheiro em todo país, e no último domingo (17), detalha, com exclusividade, uma investigação realizada em São Paulo sobre o "Jogo do Aviãozinho".

Assista o vídeo: Polícia investiga plataforma online que controla o jogo do aviãozinho

Uma única plataforma digital teve mais de R$ 100 milhões bloqueados pela Justiça e a polícia reuniu indícios de que apostadores não recebiam os prêmios.

THOMAZINE

O Crash, conhecido como "Jogo do Aviãozinho", é um dos principais da plataforma Blaze. Assim que o avião começa a voar, o valor da premiação vai aumentando e o apostador tem que decidir a hora de parar o voo - se antes surgir a palavra Crashed, a aposta está perdida.

A polícia de São Paulo começou a investigação sobre a Blaze depois que apostadores começaram a denunciar que prêmios mais altos não eram pagos pela plataforma, o que leva à suspeita de estelionato.

"Eu cheguei a ganhar muito dinheiro, mais de R$ 100 mil. Eu consegui sacar R$ 20 mil. O resto ficou tudo lá ficou lá. E era uma manipulação atrás da outra", conta uma das vítimas.

"Teve um dia que eu vi que estava pagando bastante, eu falei: 'vou colocar um valor de R$ 2.800 na plataforma'. Eu tive um retorno de 98 mil. Quando eu fui tentar realizar o saque desses R$ 98 mil, eles colocaram que eu fraudei a plataforma e tiraram o dinheiro da minha conta", denuncia outra.
CRICARE

Na mesma decisão que bloqueou R$ 101 milhões da Blaze, a Justiça determinou que o site fosse retirado do ar, mas a ordem judicial não surtiu efeito. Um dos endereços eletrônicos usados pela plataforma até parou de funcionar, mas outros vieram no lugar e a oferta de jogos online continuou normalmente. A questão é que a empresa não tem sede nem representantes legais aqui no Brasil, o que dificulta o trabalho da polícia de chegar aos responsáveis.

Os advogados contratados pela Blaze para tratar desse caso alegam que a empresa tem sede em Curaçao e que, então, a atividade dela não configura infração penal mesmo que os apostadores sejam brasileiros; e que, em outro caso semelhante, o Ministério Público de SP pediu o arquivamento do inquérito e um juiz revogou a decisão de bloqueio do site.


Todos os influenciadores que aparecem na reportagem estão sendo investigados e foram procurados pelo Fantástico.

Viih Tube disse que ao tomar conhecimento das denúncias contra a Blaze pediu o encerramento do contrato dela com a empresa.

Juju Ferrari também disse que não divulga mais a Blaze e que sua relação era apenas de publicidade.

A assessoria de Jon Vlogs afirma que ele tem contrato com a Blaze desde 2021 e que a relação é exclusivamente de influenciador, não havendo participação acionária.

Em nota, a atriz Mel Maia, por meio de seus advogados, diz que não possui conhecimento acerca de qualquer investigação envolvendo o site, tendo sido contratada apenas para realizar ações de publicidade, bem como que aguardará o desfecho do procedimento investigativo a fim de tomar as medidas cabíveis.

Fonte: O Globo

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