Dois servidores públicos e uma advogada foram presos preventivamente suspeitos de corrupção na Penitenciária de Segurança Máxima 1, em Viana
Três pessoas suspeitas de vender postos de trabalho e outros benefícios dentro de projeto social na Penitenciária de Segurança Máxima 1, em Viana, foram presos em uma operação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Entre os detidos estão uma advogada, um ex-diretor adjunto da penitenciária e um servidor.
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A Operação Philia foi deflagrada nesta sexta-feira (09). Além das prisões, também foi expedido mandado de prisão contra um interno da unidade.
As apurações tiveram início após um detento declarar que pagou, por meio de familiares, a quantia de R$ 8 mil para ter acesso à vaga de trabalho na cozinha.
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O esquema de corrupção envolvia "venda de camisas" (postos de trabalho) e outros benefícios no âmbito do Projeto Amigurumi (crochê), concentrado em duas galerias da unidade.
O plano envolvia a solicitação e recebimento de vantagens indevidas para favorecer internos da PSMA-I, além de liberações anormais de ligações e visitas assistidas e íntimas a diversos presos de duas galerias.
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O esquema fraudulento também foi confirmado por mais de 30 internos, em uma sindicância instaurada pela Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS) para apurar os fatos.
A operação é realizada pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal (GETEP), com o apoio do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES e da Polícia Penal do Espírito Santo.
Eram impostos valores diferenciados, de acordo com a capacidade econômica dos presos e conforme integrassem ou não a mesma facção do denunciado, que poderia reter para si parcela do valor eventualmente cobrado a maior.
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A venda de benefícios também ocorria em meio a ameaças ou retaliações ou, ainda, imposição de sanções disciplinares infundadas. Uma advogada e esposa de um dos presos também ajudava a coletar os valores pagos pelos internos.
A equipe de reportagem procurou a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) para saber mais detalhes sobre o ex-diretor envolvido no esquema criminoso, mas ainda não obteve retorno.
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A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Espírito Santo (OAB-ES) também foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre a prisão da advogada. Além disso, a reportagem busca a defesa dos envolvidos. O espaço está aberto para manifestação.