Fiscalização foi realizada pelo CRM, Procon e Vigilância Sanitária. Pessoas na fila acreditavam que seriam atendidas por oftalmologistas
A realização de mutirões de oftalmologia por profissionais que não são médicos, com exames de vista gratuitos e venda casada de óculos e armações, foi flagrada em uma ação de fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES).
A ação tinha o intuito de oferecer "exames de vista gratuito" para a população de baixa renda. No final, promove a venda de óculos, segundo indícios apontados pelo Procon.
De acordo com o CRM-ES, as pessoas que esperavam pelo atendimento diziam acreditar que seriam atendidas, de fato, por médicos.
"É importante alertar a população para o risco de fazer esses exames de vista com profissionais que não são qualificados para isso. Só o médico oftalmologista tem competência para analisar uma série de doenças, a partir do exame, que podem comprometer a saúde ocular do paciente", diz a nota do CRM-ES.
Sobre o caso de Guarapari, um relatório conjunto será elaborado após a devida análise dos dados coletados no local para ser enviado ao Ministério Público.
No exame de vista, os médicos podem diagnosticar as chamadas ametropias, como miopia, hipermetropia, astigmatismo e a presbiopia, condições que podem ser corrigidas com uso de óculos ou lentes de contato.
Mas, além disso, o médico oftalmologista tem de investigar a possibilidade de doenças que, com o tempo, podem ser graves e até provocar a perda da visão. Entre elas, a catarata, o glaucoma e a degeneração macular, por exemplo.
A partir dos 40 anos, os exames de vista devem ser feitos com regularidade. Por isso, o CRM-ES alerta para que a população procure sempre um oftalmologista, principalmente, se apresentar sintomas como: