Pedro Castillo é investigado por ter supostamente favorecido empresas específicas em contratações públicas. Pedro Castillo, presidente do Peru, é investigado por suposto esquema de corrupção
Reuters
A primeira-dama peruana, Lilia Paredes, permaneceu em silêncio ao depor na Procuradoria do Peru na condição de testemunha de um caso em que o marido dela, o presidente Pedro Castillo, é suspeito de corrupção.
Paredes foi convocada para depor perante a procuradora Luz Taquire.
Uma empresária e lobista chamada Karelim López afirmou que Castillo liderava uma organização que direcionava obras públicas a empresas privadas em licitações.
A audiência durou cerca de 45 minutos. Paredes deixou o local sob proteção policial e evitou dar declarações à imprensa.
Durante o interrogatório, ela disse que ficou em silêncio por causa de seus vínculos diretos com o presidente, segundo o jornal "El Comercio".
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A empresária López coopera com a Procuradoria sob o guarda-chuva jurídico de uma "colaboração eficaz" (delação premiada). Se suas delações forem comprovadas, poderia ser condenada a uma pena menor caso seja sancionada pela justiça.
A Procuradoria também investiga a esposa do presidente por suposto crime de plágio em sua dissertação de mestrado.
O caso veio à tona no fim de 2021 e abrange um ex-ministro de Transportes, um ex-secretário-geral da Presidência e dois sobrinhos do presidente. Os três últimos estão foragidos.
O escândalo estourou quando a imprensa revelou gestões de López perante Castillo para que o consórcio conhecido como "Ponte Tarata III" vencer uma licitação pública para construir uma ponte veicular na região de San Martín.
O presidente deverá depor na segunda-feira na Procuradoria na qualidade de testemunha. Castillo negou o delito, enfatizando que tem as mãos limpas.
A legislação peruana impede investigar um presidente no exercício do cargo. Castillo termina seu mandato em julho de 2026.
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