Balanço oficial não confirma a causa das mortes, apenas que pacientes tiveram febre; país anunciou na véspera sua primeira morte pela doença em toda a pandemia. Kim Jong-un em vídeo divulgado pela imprensa oficial norte-coreana em 13 de maio de 2022
Via Reuters
A Coreia do Norte registrou ao menos 21 mortes suspeitas em meio a surto de Covid-19 nas últimas 24 horas, informou no sábado (14, sexta-feira no Brasil) a agência estatal KCNA.
O balanço oficial não confirma a causa das morte, apenas que os pacientes apresentaram quadro de febre. O país anunciou na véspera sua primeira morte pela doença em toda a pandemia.
Segundo as estatísticas oficiais, mais de 288 mil pessoas estão em isolamento sob suspeita de infecção pelo coronavírus.
Nesta semana, o país asiático declarou o primeiro surto de Covid-19 no país desde o início da pandemia.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, reconheceu, em um pronunciamento, que o surto que atinge o país é um "grande desastre".
Surto após dois anos de negação
A Coreia do Norte reconheceu na quinta-feira (12) seu primeiro surto de Covid-19 no país desde o início da pandemia e declarou uma "grave emergência nacional".
Kim Jong-un ordenou o confinamento em todo o país que, desde 2020, fechou ainda mais suas fronteiras para o exterior, o que derrubou sua economia e comércio.
Fábricas, estabelecimentos comerciais e residências devem permanecer fechados e reorganizados para "bloquear de maneira impecável a propagação do vírus maligno", informou a agência estatal.
Durante toda a pandemia, a Coreia do Norte expressou orgulho por sua declarada capacidade de manter o vírus fora de suas fronteiras.
País pode não ter vacinado população
Analistas acreditam que a Coreia do Norte não vacinou nenhum de seus 25 milhões de habitantes depois de rejeitar as ofertas de doses da Organização Mundial da Saúde (OMS), da China e da Rússia.
Também consideram que o deficiente sistema de saúde do país isolado enfrentaria muitas dificuldades para enfrentar um grande surto de Covid-19.
A Coreia do Norte fica próxima de países que enfrentaram ou ainda enfrentam surtos da variante ômicron, como Coreia do Sul e China, onde várias cidades estão em confinamento há várias semanas.