Mundo Antártida

Vídeo: Cineastas flagram megabanquete com dezenas de baleias-comuns, segundo maior animal do mundo

"Pareciam canhões em uma antiga batalha marítima", diz o cineasta de vida selvagem Bertie Gregory; Gigantes marinhos viram sua população declinar por pesca predatória no século 20

Por Regional ES

09/09/2022 às 14:57:52 - Atualizado há
Foto: Reprodução

Uma cena raríssima captada durante gravações para uma nova série de TV mostra a força da natureza de se recuperar de perdas — se o homem assim permitir. Cineastas e cientistas capturaram em vídeo cerca de 300 baleias-comuns reunidas em um banquete nas águas geladas da Antártida. A cena impressiona por diferentes motivos.


No aspecto estético, ver tantos gigantes marinhos fazendo o mar borbulhar em torno de seus alimentos preferidos — os krill (um micro crustáceo rico em ferro) e várias espécies de pequenos peixes — por si só é algo hipnotizante. "Pareciam canhões em uma antiga batalha marítima", diz o cineasta de vida selvagem Bertie Gregory.

Mas não para aí. As baleias-comuns (Balaenoptera physalus), conhecidas no inglês como fin-whales, são o segundo maior animal do mundo, podendo pesar 80 toneladas e atingir até 27 metros de comprimento. Elas perdem apenas para a baleia-azul. No passado, cenas como essa eram mais comuns, porém a pesca predatória prejudicou a população da espécie, que chegou a perder mais de 700 mil indivíduos ao longo do século XX.

Graças aos esforços de conservação realizados nas últimas décadas e a moratória imposta pela Comissão Baleeira em 1982 proibindo a caça comercial de baleias, as populações de baleias-comuns voltaram a se recuperar.

Confira abaixo o banquete com dezenas de baleias-comuns:


Há mais. As gravações, que integrarão um novo programa da National Geographic no Disney+, também prometem novas descobertas científicas. Leigh Hickmott, biólogo britânico especialista em baleias que participa da série equipou quatro baleias com tags de satélite temporárias que permitirão aos cientistas conhecer mais sobre o comportamento da espécie e suas rotas migratórias.


Essa ferramenta permitiu a equipe rastrear os animais pela primeira vez enquanto migravam pela costa do Chile. "Se pudermos aprender mais sobre eles, poderemos protegê-los melhor" diz Hickmott. Segundo o biólogo, vivemos uma "época de muita escuridão" no campo científico, com crises sobrepostas, incluindo mudanças climáticas, perda de habitat e extinção em massa. As novas informações sobre rotas de migração aparecerão em breve na revista científica Royal Society Open Science .

Fonte: Um Só Planeta
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