Os vereadores de Vila Velha derrubaram, na manhã desta quarta-feira (22), o veto do prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos) ao Projeto de Lei (PL) aprovado pela Câmara de Vereadores para aumentar o salário o do mandatário, do vice-prefeito e dos secretários.
Antes do veto ser colocado em votação, houve tumulto durante a sessão. O vereador Rafael Primo defendeu a manutenção do veto, mas acabou sendo provocado pelo colega Jonimar Santos (PP), que chamou de "chororô" a reclamação do petista.
Os ânimos se exaltaram na Casa de Leis e foi necessária a intervenção do presidente Osvaldo Maturano (PRD). Assim que a temperatura no plenário diminuiu, os parlamentares se desculparam.
Após a derrubada do veto, Maturano pediu para a Mesa Diretor da Câmara de Vereadores de Vila Velha que faça a promulgação da lei.
Veja como votaram os vereadores
PELA DERRUBADA DO VETO
- Ademir Pontini (MDB)
- Adriana Meireles (Podemos)
- Alex Recepute (PRD)
- Carol Caldeira (DC)
- Deva (Republicanos)
- Doutor Hércules (PP)
- George Alves (Podemos)
- Ivan Carlini (Podemos)
- Jonimar Santos (PP)
- Léo Pindoba (Podemos)
- Osvaldo Maturano (PRD)
- Patrícia Crizanto (PSB)
- Renzo Mendes (PP)
- Thiagão Henker (Podemos)
- Welber da Segurança (União)
PELA MANUTENÇÃO DO VETO
- Devacir Rabelo (PL)
- Pastor Fabiano (PL)
- Patrick da Guarda (PL)
- Rafael Primo (PT)
Os vereadores Flávio Pires (Agir) e Rogério Cardoso (Podemos) não participaram da sessão por estarem de licença médica.
Dois vetos do prefeito
Arnaldinho Borgo vetou por duas vezes o projeto aprovado pelos vereadores que aumenta em quase 90% o seu salário. Pela proposição, o prefeito deixa de receber R$ 15.362,73 para ganhar R$ 29 mil. Já o subsídio do vice, sobe de R$ 13.356 para R$ 25.230.
Por fim, os secretários podem passar a receber R$ 22.900, valor R$ 10 mil mais alto do que o do salário atual de R$ 12.243, inflando 87%.
Em dezembro, assim que o projeto foi aprovado pelos vereadores, Arnaldinho vetou pela primeira vez e justificou que o reajuste não era adequado, porque a cidade ainda precisava de investimentos.
"Este Executivo houve por bem se opor a matéria tratada por julgar não ser o momento oportuno", esclarece a decisão de veto integral enviada por Arnaldinho à Câmara no mesmo dia em que o projeto foi aprovado.
Folha Vitória