As decisões sobre as sanções que serão aplicadas à República do Mali, Burkina Faso e Guiné foram adiadas para o próximo encontro da Cedeao, em julho. O presidente de Gana, Nana Akufo-Addo, coordena uma reunião extraordinária da Comunidade Econômica da África Ocidental (Cedeao) para discutir a situação da República do Mali, que sofreu o segundo golpe de Estado em nove meses; organização anunciou que o país está suspenso do grupo sub-regional
Os líderes da África Ocidental reunidos neste sábado (4) em Gana não conseguiram chegar a um acordo sobre as sanções aos regimes golpistas da República do Mali, Burkina Faso e Guiné, e voltarão a se encontrar em julho na capital ganense.
As decisões da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) "foram adiadas para uma reunião de cúpula aqui em Acra em 3 de julho", indicou um funcionário da presidência de Gana, que não quis ser identificado. Um participante do encontro confirmou que os chefes de Estado não chegaram a um acordo, "principalmente sobre o Mali".
Os líderes dos Estados membros da Cedeao haviam se reunido para decidir se aliviam ou endurecem as sanções contra esses países, onde militares tomaram o poder à força. A questão principal era se as duras medidas de retaliação impostas ao Mali em 9 de janeiro para frear o plano dos militares de governar por mais cinco anos seriam mantidas.
A África Ocidental foi cenário de uma sucessão de golpes de coronéis e tenentes-coronéis em menos de dois anos: um golpe de Estado em 18 de agosto de 2020 no Mali, outro em 5 de setembro de 2021 na Guiné, e mais um em 24 de janeiro de 2022 em Burkina Faso.